quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O que estamos fazendo!

Recebi esse texto de uma amiga por email e vou reproduzi-lo pois ele reflete sobre coisas que venho pensando a muito tempo mas que não saberia expressar de forma tão simples algo que na verdade é tão complexo... Pois não tenho o mesmo dom que o Autor do texto tem...
... Bom vamos lá!

[E tudo mudou...
O rouge virou blush. O pó-de-arroz virou pó-compacto. O brilho virou gloss. O rímel virou máscara incolor. A Lycra virou stretch. Anabela virou plataforma. O corpete virou porta-seios...Que virou sutiã...Que virou lib...Que virou silicone. A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento. A escova virou chapinha. "Problemas de moça" viraram TPM. Confete virou MM. A crise de nervos virou estresse. A chita virou viscose. A purpurina virou gliter. A brilhantina virou mousse. Os halteres viraram bomba. A ergométrica virou spinning. A tanga virou fio dental E o fio dental virou anti-séptico bucal e Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo. O a-la-carte virou self-service. A tristeza, depressão. O espaguete virou Miojo pronto. A paquera virou pegação. A gafieira virou dança de salão. O que era praça virou shopping. A arena virou ringue. A caneta virou teclado. O long play virou CD. A fita de vídeo é DVD. O CD já é MP3. É um filho onde éramos seis. O álbum de fotos agora é mostrado por email. O namoro agora é virtual. A cantada virou torpedo. E do "não" não se tem medo. O break virou street. O samba, pagode. O carnaval de rua virou Sapucaí O folclore brasileiro, halloweenO piano agora é teclado, também. O forró de sanfona ficou eletrônico. Fortificante não é mais Biotônico. Bicicleta virou Bis. Polícia e ladrão virou counter strike. Folhetins são novelas de TV. Fauna e flora a desaparecer. Lobato virou Paulo Coelho. Caetano virou um chato. Chico sumiu da FM e tv. Baby se converteu. RPM desapareceu. Elis ressuscitou em Maria Rita? Gal virou fênix. Raul e Renato,Cássia e Cazuza,Lennon e Elvis,Todos anjos.Agora só tocam lira...A AIDS virou gripe. A bala antes encontrada agora é perdida. A violência está coisa maldita! A maconha é calmante. O professor é agora o facilitador. As lições já não importam mais. A guerra superou a paz. E a sociedade ficou incapaz... De tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.
Luiz Fernando Veríssimo]

O que estamos fazendo...
Estamos estagnados apesar da evolução que vivenciamos. Em mais ou menos duas décadas tivemos tantas mudanças e estamos tão absorvidos com o nosso cotidiano que não conseguimos ver no que nos tornamos: seres incapazes, como diz o texto, de enxergar o que está visível (vivemos em conflitos internos e externos) e não percebemos o que está embaixo do nosso nariz! E não me refiro a somente tecnologias ou mudanças de marcas, e não é sobre isso que imagino que o texto fale, mas sobre a incapacidade do ser humano de enxergar que as coisas estão passando rápido que estamos nos perdendo em meio a tanta informação, perdendo amigos, amores, nossas famílias etc, estamos cada vez mais distantes uns dos outros, vivemos para adquirir não para dividir. Estamos vivendo robotizados, emburrecidos pelo que nós mesmos criamos!
Cada vez mais nos tornamos incapazes de amar, de dividir, de se aproximar, de dar afeto de retribuir afeto, de ouvir... Para interagir com nossas criações.
O computador e a televisão são bons exemplos (não que eles sejam ruins desde que usados com moderação). Por que nos útimos tempos rimos na frente de maquinas, choramos na frente delas, ás vezes nos aproximamos e nos afastamos de pessoas que gostamos na frente delas também e assim sucessivamente. Engraçado! Muitos vezes não tiramos fotos para relembrar momentos, como era antigamente, mas sim para colocar na web em sites de relacionamentos, eu já me peguei varias vezes dizendo: Essa vai para (o nome do site), sem me dar conta da gravidade desse fato.
Saudosismo? Quem sabe. Mas não de um tempo em que não possuíamos tantos recursos, mas sim de uma época onde éramos mais Humanos... Onde as risadas tinham som, tristeza era demonstrada por lágrimas, quando conhecíamos alguém existia contato visual aproximação, encanto, onde ver uma pessoa morando na rua e passando fome despertava tristeza, não medo e indeferença. Uma época em que não nos escondíamos atrás de maquinas para parecermos supers qualquer coisa...
Nossas conquistas estão nos deixando cegos como o texto diz e o pior de tudo é que acostumamos com isso!!!

domingo, 15 de novembro de 2009

Vazio...


Onde está o que preciso encontrar?!

Minhas ideias se perderam... O escuro voltou a me perseguir.

Sinto sono, sinto frio, sinto vontade de gritar e de calar, sinto vontade de sorrir e de chorar... sinto vontade de voltar atrás e ficar escondido em um lugar onde nunca eu seja encontrado!

Falar é muito fácil... Demonstrar o que não existe também...

Se me perguntam: Está tudo bem?

Sorrio e digo: Está tudo bem, não poderia estar melhor!

Isso é verdade?!
Nem eu sei mais, estou escondido no meu próprio ser...
E também o que interessa, quando me perguntam se está tudo bem, o interlocutor nunca quer a resposta verdadeira mesmo...

O vazio me persegue... Acho que não só a mim, vejo várias pessoas vivendo num vazio e sempre respondendo sorrindo está tudo bem...

A gente corre atrás do que não tem, do que tem, mas sempre em busca de mais... e mais ... e mais...

Mas o que seria esse mais?

E vivo sempre como se fosse ser meu último dia, mas será que é assim que quero viver?

Parece que apesar de estar tudo bem... sempre falta algo pra estar tudo bem de verdade.

Ás vezes esse vazio me deixa indeciso demais... Mas na verdade é esse vazio que me faz continuar...

Um Dia quero olhar nos olhos de alguém e dizer de verdade Está Tudo Bem, não poderia estar melhor, sentindo de fato, não por uma mera convenção para agradar o interlocutor.